Era sexta-feira, 14 de maio de 2004, quando o Embraer 120 Brasília da Rico de matrícula PT-WRO decolou às 17h30 (local) de Tefé, no interior do Amazonas, para o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. O bimotor cumpria o voo 4815 e a bordo estavam 33 ocupantes, sendo trinta passageiros e três tripulantes.
Minutos depois da partida, a aeronave atingiu sua altitude de cruzeiro de 19 mil pés (FL190) e o voo transcorreu normalmente. Às 18h26 (local), a 118 km de distância da capital amazonense, os pilotos iniciaram a descida, sem interrupções, para 2 mil pés. Oito minutos depois, o PT-WRO recebeu sua última orientação de proa dos controladores e, às 18h36 (local), o Controle Manaus chamou novamente pela aeronave, mas não obteve resposta.
Os destroços do Brasília foram encontrados algumas horas depois, às 2h10 da madrugada de 15 de maio, a cerca de 30 km do aeroporto, em uma área de floresta. As equipes de busca conseguiram chegar ao local do acidente somente em helicópteros e descendo por meio de cordas. Logo ficou constatado que não havia sobreviventes. O bimotor ficou completamente destruído.
As condições meteorológicas no momento do acidente eram boas. A investigação concluiu que a aeronave entrou em voo controlado contra o solo (CFIT). O bimotor não nivelou na altitude prevista de 2 mil pés: 400 pés antes, um sinal alertou que a aeronave estava próxima de atingir os 2 mil pés, mas a tripulação não reagiu e relatou ter atingido tal altitude quando a altitude real do Brasília era de 1.300 pés. No entanto, os tripulantes continuaram a descida até o impacto. A falta de coordenação entre os pilotos, a falta de ação corretiva por parte deles, o mau planejamento de aproximação e a falta de briefing de aproximação estão entre os fatores contribuintes para a ocorrência.
A colisão de dois Bandeirante da VOTEC nos céus de Imperatriz
