Mercado de carga aérea melhora índices, mas continua abaixo dos números de 2019

A IATA confirma a alta na demanda, mas setor continua enfraquecido.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) divulgou os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de setembro, mostrando que a demanda por carga aérea, embora mais fortalecida, continua baixa em relação aos níveis de 2019. 

A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs*), caiu 8% em setembro de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado (-9,9% nas operações internacionais). Esse resultado representa uma pequena melhora em relação à queda de 12,1% registrada em agosto. A demanda mês a mês subiu 3,7% em setembro. A capacidade global, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), diminuiu 25,2% em setembro (-28% nas operações internacionais) em relação ao ano passado, resultado quase três vezes maior do que a queda da demanda, indicando uma grave falta de capacidade no mercado. 
Fortes variações regionais foram observadas, com as transportadoras norte-americanas e africanas apresentando ganhos na demanda ano a ano (+1,5% e + 9,7%, respectivamente), enquanto as outras regiões continuaram com resultados negativos em relação ao ano anterior. 
A evolução do desempenho está alinhada às melhoras nos principais indicadores econômicos; O novo componente de pedidos de exportação do PMI subiu, ultrapassando a marca dos 50, indicando crescimento pela primeira vez desde meados de 2018; A Organização Mundial do Comércio revisou sua previsão de crescimento do comércio para 2020 de -12,9% para -9,2%; 

"Os volumes de carga aérea caíram em relação a 2019, mas este é um mundo à parte das dificuldades extremas do transporte de passageiros. No transporte aéreo de carga, 92% dos negócios estão em operação, enquanto cerca de 90% do tráfego internacional de passageiros desapareceu. Indicadores favoráveis da alta temporada de final de ano apoiarão a contínua recuperação da demanda. As operadoras norte-americanas e africanas já estão relatando aumentos na demanda em relação a 2019. Mas a capacidade ainda é o maior desafio. Com as transportadoras ajustando seu planejamento devido à queda da demanda de passageiros por causa da nova onda de COVID-19, a valiosa capacidade de transporte de carga em aeronaves de passageiros será perdida quando justamente é mais necessária", disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

As comapanhias cargueiras da América Latina registraram queda de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O fraco desempenho da região se deve à forte desaceleração da atividade econômica, incluindo o comércio, e não à capacidade de carga insuficiente. A capacidade internacional diminuiu 32,2%

 

 

 

 

 

 

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