Embraer e FAB comemoram 50 anos do primeiro voo do Bandeirante

Primeiro protótipo realizou o voo de teste inaugural em 22 de outubro de 1968, com a presença da equipe técnica do projeto

A fabricante brasileira Embraer e a Força Aérea Brasileira realizaram uma cerimônia para celebrar os 50 anos do primeiro voo do Bandeirante, avião bimotor que representa um marco na história da indústria aeronáutica nacional e que levou à criação da empresa em 1969 para a produção em série e comercialização do produto. O evento recriou a solenidade oficial de 26 de outubro de 1968, quando centenas de convidados testemunharam o voo da aeronave que partiu da pista de São José dos Campos, interior de São Paulo. O primeiro protótipo realizou o voo de teste inaugural em 22 de outubro de 1968, com a presença da equipe técnica do projeto. O avião, pintado nas cores da FAB, deixou o hangar do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), para decolar às 7h07 e retornou para pouso 50 minutos depois sob o comando do major-aviador José Mariotto Ferreira e do engenheiro de voo Michel Cury. Mas foi somente quatro dias depois que o avião foi apresentado oficialmente a autoridades e jornalistas e o voo novamente realizado. Digno de seu nome, o avião Bandeirante liderou o desenvolvimento da aviação regional global e impulsionou a indústria aeronáutica brasileira, com o início de uma história de sucesso que permitiu transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial, hoje reconhecidas em todos os continentes nos quais voam os aviões fabricados pela Embraer. Para a construção do primeiro protótipo, decorreram três anos e quatro meses, entre os primeiros estudos preliminares e o voo inaugural. Para isso, foram gastos 110 mil horas de projeto, tendo sido executados 12.000 desenhos de fabricação, 22.000 horas de cálculo estrutural e aerodinâmico e 282.000 horas de fabricação do avião e do seu ferramental. Ao longo de mais de duas décadas, a Embraer produziu e entregou 498 aviões Bandeirante em diversas configurações civis e militares. Atualmente, cerca de 150 aeronaves estão em operação em linhas aéreas, táxi-aéreos, entidades governamentais e Forças Aéreas nas Américas, Ásia, Africa, Europa e Oriente Médio.

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