Embraer apresenta projeções preliminares para dois anos

Companhia espera entregar entre 85 e 95 jatos comerciais, 90 a 110 modelos executivos, incluindo jatos leves e grandes, dez aviões A-29 Super Tucano e duas aeronaves multimissão KC-390 neste ano

A fabricante brasileira Embraer apresenta as projeções preliminares para 2019 e 2020, durante encontro com investidores na Bolsa de Valores de Nova York. Este ano, a companhia espera entregar entre 85 e 95 jatos comerciais, 90 a 110 modelos executivos, incluindo jatos leves e grandes, dez aviões A-29 Super Tucano e duas aeronaves multimissão KC-390. As receitas totais devem ficar entre US$ 5,3 bilhões e US$ 5,7 bilhões. A empresa espera atingir uma margem EBIT consolidada de breakeven (aproximadamente zero) no ano. É importante destacar que as projeções de 2019 incluem potenciais custos e despesas associadas com a criação de uma nova empresa em parceria estratégica a Boeing na aviação comercial. Com a conclusão parceria estimada para o final de 2019, a Embraer antecipa uma estrutura de capital sem alavancagem, com posição de caixa líquido de aproximadamente US$ 1.0 bilhão após o pagamento de um dividendo especial para os acionistas de aproximadamente US$ 1.6 bilhões (que, por sua vez, continua condicionada à confirmação de determinados requisitos, inclusive o resultado do exercício social). Durante o evento em Nova York, a Embraer também irá apresentar as projeções para o ano de 2020, o primeiro ano após a potencial conclusão da parceria estratégica. As projeções apresentadas para 2020 contemplam 100% dos resultados esperados dos segmentos de aviação executiva e defesa & segurança (e os respectivos resultados vindos das áreas de serviços e suporte desses negócios) e excluem os resultados vindos da participação de 20% da Embraer na parceria com a Boeing. A Embraer espera atingir uma receita líquida entre US$ 2.5 bilhões e US$ 2.8 bilhões, uma margem EBIT entre 2% e 5% e uma geração de fluxo de caixa livre breakeven (aproximadamente zero) no ano de 2020. A companhia informou ainda que reviu suas projeções para o ano passado. As condições do mercado global de jatos executivos, que apesar de uma gradual recuperação, continuam mais lentas do que o esperado combinada ao crescente foco da Embraer na melhoria de rentabilidade e preservação de preços, bem como o recente lançamento dos novos jatos executivos no segmento médio/super-médio (“Praetors”), que iniciarão entregas em 2019, levaram a companhia a uma abordagem mais cautelosa para as entregas de jatos executivos no ano passado. Com isso, a Embraer entregou 91 jatos executivos, entre leves e grandes, no ano de 2018 (comparado a previsão de 105 e125 jatos antes). Como resultado da redução nas entregas do segmento, a empresa agora espera que as receitas fiquem em aproximadamente US$ 1,1 bilhão, ante US$ 1,35 e 1,50 bilhão estimado. Adicionalmente, a revisão da base de custos do KC-390 em função do incidente ocorrido no mês de maio de 2018 teve impacto negativo na receita neste segmento, que levou a uma nova estimativa de receita de aproximadamente US$ 600 milhões (US$ 800 e US$ 900 milhões anteriormente). Com isso, as receitas consolidadas da Embraer para o ano são agora esperadas em aproximadamente US$ 5,1 bilhões, em relação à faixa anterior de US$ 5,4 e US$ 5,9 bilhões. A Embraer também estima que os gastos com investimentos para o ano de 2018 fiquem em aproximadamente US$ 300 milhões, abaixo da visão anterior que estimava um total de US$ 550 milhões. É importante ressaltar que os menores gastos com investimentos não impactaram negativamente os projetos em andamento. Em decorrência da redução das entregas de jatos executivos, parcialmente compensados por menores gastos com investimentos no ano, a fabricante espera que o fluxo de caixa livre em 2018 seja de um uso de caixa de aproximadamente US$ 200 milhões (versus um uso de US$ 100 milhões ou melhor anteriormente). 

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