Relembre: Puma Air e seu único Boeing 737-300

Relembre: o único 737-300 da Puma Air
Foto: Benito Latorre

A Puma Air Linhas Aéreas estreou no mercado aéreo brasileiro em janeiro de 2002, com uma frota inicial de três Cessna C208 Caravan. Baseada em Belém, a empresa recebeu em 2004 um par de E120 Brasília e ampliou suas ligações pela região.

Em 2004 e 2007, a Puma Air enxugou algumas cidades de seu mapa de rotas e, no final de 2008, as operações regulares foram paralisadas. O que parecia o fim, se tornou um novo ambicioso começo: um grupo angolano comprou a empresa. Nascia aí uma nova Puma Air, com uma nova identidade visual, mais vibrante, mais colorida, e também com uma novidade em sua frota: o Boeing 737-300 PR-GLK.

Na época com 20 anos de atividade, o jato havia iniciado sua carreira em 1990 na United Airlines como N393UA, onde ficou até 2005, ano em que veio ao Brasil voar pela Gol Linhas Aéreas. Posteriormente, fez uma breve passagem pela BRA Transportes Aéreos e, em 2010, chegou para a Puma Air. A Boeing estava configurado com 132 assentos e ainda contava com o padrão da Gol no interior da cabine de passageiros.

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Os voos da empresa foram retomados em abril de 2010 e o 737-300 estreou uma nova rota na malha da empresa (já não tão mais regional) conectando Macapá, Belém e Guarulhos com voos diários. A primeira operação aconteceu no domingo 11/03/2010.

Benito Latorre (in-memoriam) embarcou nas primeiras operações e publicou um FlightCheck contando sobre a experiência na edição 452 da Revista Flap. A avaliação final ficou com nota 7,88, entre os destaques, Latorre avaliou o assento, pontualidade e o serviço das comissárias com nota 10.

“Foram muito simpáticas, atenciosas e prestativas – a empresa soube escolher muito bem sua equipe”, comentou Benito Latorre no relato.

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Entre 11 de abril e 30 de junho de 2010, a Puma Air transportou 13.155 passageiros, com uma taxa de ocupação de somente 24,31%.

Em novembro de 2010, Fortaleza também passou a contar com voos operados pelo único 737-300 e a Puma Air anunciou mais destinos: Recife e Santarém. A ideia era fechar aquele ano com mais três exemplares do modelo e também com um 767 para voos internacionais entre Brasil e Angola. A companhia tinha planos também de voar para Marabá e Altamira com voos a partir de São Paulo (Guarulhos). No entanto, os planos não se concretizaram como o esperado e 2010 foi encerrado somente com o PR-GLK na frota.

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Em janeiro do ano seguinte, a empresa atingiu 100 mil passageiros transportados e o PR-GLK teve sua matrícula alterada para PR-PUA. O jato ganhou também uma mudança em sua pintura, deixando-a ainda mais atraente. Mas, ainda no primeiro semestre de 2011, a Puma Air paralisou suas operações. O que parecia ser temporário, agora acabou como definitivo e as dívidas acumuladas pela companhia a sufocaram.

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A empresa se preparava para receber seu segundo 737-300, o PR-PUB, que jamais chegou ao Pará e o solitário PR-PUA foi estacionado no Aeroporto Val-de-Cans, em Belém, onde foi desmontado por completo anos mais tarde.

Todas as fotos de Benito Latorre

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