Cedar Jet: relembre as operações da MEA no Brasil

Após uma longa espera por parte da comunidade libanesa no Brasil, a MEA – Middle East Airlines (callsign Cedar Jet) iniciou, em 28 de dezembro de 1995, suas operações conectando Beirute, capital do Líbano, e o Aeroporto de Guarulhos com uma parada em Abdijã, na Costa do Marfim. Paralelamente ao novo voo para São Paulo, a empresa também estreava suas rotas para Bucareste, na Romênia, e Kuala Lumpur, na Malásia.

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Foto: Arquivo Flap

A frequência da empresa nos voos ao Brasil era de uma ligação semanal semanal e o Boeing 747-200 Combi (passageiro + carga) foi utilizado, de início, no trajeto. Posteriormente, o Airbus A310 assumiu a linha.

A MEA fechou seu primeiro ano completo de operações no Brasil (1996) com 5.465 passageiros transportados do Brasil ao Líbano e com 6.719 viajantes transportados no sentido inverso.

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Foto: Arquivo Flap

A passagem da empresa pelo Brasil não durou muito e, menos de dois anos após iniciar as operações, a ligação para o Líbano foi suspensa em setembro de 1998. A princípio, era uma paralisação temporária, mas a empresa jamais reiniciou a rota.

Naquele período, a comunidade libanesa no Brasil era o dobro da população do Líbano em si, conforme o relatado por Khattar Hadati, então gerente de Recursos Humanos da MEA. Isto não foi o suficiente para segurar a Middle East por aqui: as ocupações estavam baixas. A saída da MEA do trajeto deixou uma lacuna no mercado Brasil-Oriente Médio no final dos anos 90.

De forma pontual, a MEA fez uma aparição no Brasil em abril de 2010 com um Airbus A330-200 transportando o então presidente Michel Suleiman.

Volta ao passado: a Tower Air no Brasil

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Uma resposta

  1. Em que pese a situação política e econômica pela qual o Líbano atravessa, desde a interrupção do vôos na rota Bey/Gru/Bey há 25 anos, hoje os usuários para esse destino como bem sabemos são obrigados a fazer uma conexão em algum ponto da Europa, da Africa ou nos países da região do Golfo Pérsico para poderem então desembarcar em Beirute. Não é preciso frisar que o Brasil possui a maior colônia de libaneses e descendentes do mundo e como tal, uma possivel reimplantação dessa rota direta entre os dois países geraria diversos benefícios entre os quais o conforto de um vôo direto aliado a uma economia de tempo. Atuo no no segmento de emissões de bilhetes aéreos internacionais há trinta e três anos e sendo libanês radicado aqui no Brasil a cinquenta e nove anos, posso afirmar que demanda de tráfego aéreo entre o Brasil e o Líbano pelo menos até o período pré pandemia vinha em um ritmo acima das expectativas. Por fim, penso que com um estudo meticuloso agregado a um bom planejamento e um toque de marketing pontual eu exergaria incríveis oportunidades para a Latam e para a Azul explorarem esse nicho , iniciando primeiramente com uma rota sazonal ( entre Abril e Setembro ), período esse de maior movimento de passageiros anual e , claro torcendo para que a paz e a prosperidade voltem a reinar nesse tão sofrido e amado País chamado Líbano

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