14/12/1962: o acidente do PP-PDE da Panair

14/12/1962: o acidente do PP-PDE da Panair
Foto: Arquivo Flap

Era quinta-feira, 14 de dezembro de 1962, quando o Lockheed Constellation PP-PDE da Panair decolou na parte da manhã do Rio de Janeiro para Manaus, em uma jornada com múltiplas paradas. A aeronave foi fabricada em 1945, tinha número de série 2047 e levava o nome de batismo “Bandeirante Estêvão Ribeiro Baião Parente”.

Após várias escalas, o Constellation partiu, já de noite, para sua última etapa: Belém-Manaus. A bordo, 50 ocupantes, sendo 6 membros da tripulação e 44 passageiros. A viagem transcorreu sem maiores problemas, mas na aproximação para o Aeroporto de Ponta Pelada, a aeronave desapareceu na selva amazônica. A última mensagem enviada pela tripulação foi por volta das 1h19 (local). Quando o sargento Oliveira chamou o Panair novamente para contato, tudo estava em silêncio. O Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) foi acionado e a operação de busca e salvamento se iniciou naquela madrugada mesmo. Colaboradores da Petrobras em serviço na Amazônia, que trabalhavam nas imediações também contribuíram com a operação. Os destroços só foram encontrados às 10h40 da manhã do dia seguinte, 15/12, por um piloto da Panair que sobrevoava a região com um Catalina da empresa, a cerca de 30 km de Manaus.

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Foto: Arquivo Flap

Uma clareira de 345m foi aberta pelo Constellation. As expedições da FAB e da Petrobras conseguiram chegar ao local do acidente somente em 21/12. A região era de difícil acesso. O silêncio no local declarava: não havia sobreviventes. Em uma complexa operação, os corpos foram resgatados, assim como alguns destroços.

Uma das hipóteses levantadas sobre o acidente é de que os pilotos acreditavam estar mais próximo do aeroporto do que realmente estavam, portanto a aeronave poderia estar abaixo da altitude correta para aquela posição. No entanto, a real causa da ocorrência jamais foi determinada.

2 respostas

  1. Senhores,
    Hoje ,estou com 79 anos(2024,1945), Em 1962 tinha 14 anos e estudava em Belém ,interno no Colégio Salesiano e sempre pegava aquele voo para Rio Branco (Ac). No meio do ano de 1962,de férias em Rio Branco, fiquei doente e não pude voltar para o Colégio cancelando o meu retorno à Belém. Fiquei surpreso com a noticia do desastre , pois tinha indicado um colega de Rio Branco para estudar no mesmo colégio.
    Um dos condutores do avião de sobrenome Quirino era meu conhecido , e o colega de nome Cássio. Se for possível , eu gostaria de receber o nome da tripulação e passageiros. É possível?. Ficaria muito grato.

    1. Nesse vôo meus Tios José Luis Nunes Pinto (conhecido médico) e Carolina Silva Pinto e minha prima Nadyr perderam a vida. Eu tinha 3 anos. Tenho uma vagas lembranças.

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