Relembre: o Boeing 767-300 na OceanAir

Relembre: o Boeing 767-300 na OceanAir
Foto: Panda Beting

Em 2007, o cenário da aviação brasileira passava por mudanças: a Pioneira havia acabado de sair de cena e estava ressurgindo como a “nova” Varig nas asas da Gol; a BRA suspendia as suas operações e a TAM estava expandindo sua participação no mercado de voos internacionais.

A OceanAir aproveitou dessa situação para explorar outros nichos, incluindo o de internacionais, e escolheu o Boeing 767-300ER para atender suas nova aposta.

De matrícula PR-ONA, o primeiro 767 da empresa chegou em maio de 2007. O jato havia iniciado sua carreira como N645UA na United Airlines, em 1991, e, em 2005, foi voar na Air Sahara como VT-SDL, onde ficou até janeiro de 2007, seguindo posteriormente para a aérea brasileira.

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Foto: Panda Beting

Com a chegada do bimotor, a companhia estreou a linha Guarulhos-Cidade do México com os voos O68500 (ida) e O68501 (volta). A rota era operada pela OceanAir cinco vezes na semana, exceto às quartas e sábados.

Logo no início dessas operações, Gianfranco “Panda” Beting embarcou na rota e publicou um Flight Check na edição 422 da Flap International. Em sua avaliação, o destaque ficou no serviço dos comissários, que ganhou nota 10. O assento, ainda do padrão United, ficou com nota 7 e a pontualidade ficou com nota Zero. Panda contou que o voo de volta para o Brasil foi alternado para o Rio de Janeiro para “salvar” 80 passageiros que embarcariam em um Mk 28 (Fokker 100) que estava em pane. O desvio custou 2 horas de atraso na chegada em Guarulhos. “Desde quando dois erros fazem um acerto?” – Panda Beting. A média da avaliação ficou com nota 6.

Além do PR-ONA, a Oceanair ainda recebeu outros dois Boeing 767: PR-ONB e PR-BRW. Ambos chegaram em novembro de 2007. O PR-ONB contava com as cores completas da companhia, enquanto o PR-BRW (ex-BRA) foi incorporado com a fuselagem toda branca e apenas um adesivo com o nome da empresa.

Além da Cidade do México, a OceanAir tinha outros planos como os seus 767: voos entre Guarulhos e Luanda, aproveitando do boom da atividade petrolífera no país africano; para Lagos, na Nigéria; e também para Cancún, como extensão dos voos da Cidade do México. No entanto, apenas algumas poucas aparições na capital angolana aconteceram. Já na rota para Cancún, a OceanAir realizou 29 voos entre dezembro/2007 e maio/2008. A empresa também conseguiu alguns contratos com agências de viagem e voou para Lisboa a partir de Natal, Salvador, Guarulhos, Recife e Maceió.

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Foto: Arquivo Flap

Com as ocupações baixíssimas no trecho para Cidade do México, a OceanAir desistiu de sua aventura nos voos de longa distância e devolveu o trio de 767 entre novembro e dezembro de 2008.

Posteriormente, já como Avianca Brasil, a empresa voltou ao mercado de longo curso com o A330-200, operando rotas para Miami e Nova York.

Você chegou a voar no 767 da Oceanair?

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