A curta história de mais uma aventura na aviação brasileira: Flyways

A curta história de mais uma aventura: Flyways

Sediada no Rio de Janeiro, a Flyways foi fundada em 2014 e, em 16/12/15, recebeu seu Certificado de Operador Aéreo emitido pela Anac.

A filosofia da então mais nova empresa regional do Brasil era de levar desenvolvimento econômico e serviços sociais para cidades distantes dos grandes centros. A proposta para os passageiros era de baixo custo, mas com uma experiência a bordo diferenciada, incluindo lanches no serviço de bordo, como pode-ser ver abaixo no documento enviado pela empresa à Flap em 2015.

Suas operações se iniciaram logo após o Natal de 2015, em 28 de dezembro, ligando o Rio de Janeiro (Galeão) com Belo Horizonte (Pampulha). O voo partia todos os dias de manhã e o atendimento aos passageiros era realizado no terminal 1 do Galeão.

A partir de 4 de janeiro de 2016, a empresa adicionou dois novos destinos ao seu mapa: Ipatinga e Uberaba. Ambas as cidades mineiras contavam com dois voos semanais de/para Pampulha, que passou a servir como hub secundário da Flyways. A rota Pampulha-Porto Seguro também foi realizada pela operadora durante um período.

PR TKN 04
Foto: Arquivo Flap

Nos primeiros dias, apenas um ATR 72-500 realizou as operações da jovem companhia: o PR-TKN. Este turbo-hélice iniciou sua carreira na Air Noustrum, subsidiária regional da Iberia, como EC-HCG em 1999. Veio ao Brasil em 2012, como PR-TKN, voar pela Trip Linhas Aéreas e ainda voou pela Azul entre 2013 e 2015, após a fusão com a Trip. Em julho de 2015, o ‘TKN’ ganhou as cores roxas da Flyways e o turbo-hélice foi capa da edição 520 da Flap.

Em 3/1/2016, o ATR 72-200 PR-STY foi incorporado. A história desse ATR se inicia em 1994 na Bangkok Airways como HS-PGB. Antes da Flyways, o bimotor voou também na Binter Canarias, Danube Wings e MAP Linhas Aéreas.

A vida do PR-STY foi curtíssima na companhia. Em abril de 2016, ele foi estacionado na Pampulha e serviu como repositor de peças para o PR-TKN, que voou somente por mais alguns meses. Os planos da Flyways eram grandes, de atender pelo menos 15 cidades mineiras, como Araxá, Varginha e Patos de Minas, além também de Brasília e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Mas tudo foi por água abaixo: em junho de 2016, as operações foram suspensas para reestruturação. Até aquele mês, a ocupação dos voos da companhia estava em 54%.

PR TKN 02
Foto: Arquivo Flap

Ademais das rotas regulares, os aviões da Flyways fizeram aparições pontuais em alguns outros aeroportos brasileiros, como, Chapecó, Florianópolis, Poços de Caldas e também Natal e Fernando de Noronha, transportando a Tocha Olímpica.

Em outubro de 2016, a empresa voltou a respirar após a entrada de um novo investidor canadense e alguns poucos voos foram realizados. No mês seguinte, tudo foi suspenso novamente.

Em 2017, o Certificado de Operador Aéreo foi cancelado e, em 2020, a Flyways chegou a publicar em suas redes sociais que estava se preparando para retornar aos ares, mas isso jamais aconteceu. Os ATR 72 ficaram na Pampulha e foram desmontados posteriormente. Esse foi o fim de mais uma empresa aérea que teve “voo curto” no Brasil.

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Uma resposta

  1. Fui o passageiro nº 5 no vôo inaugural SBGL X PLU,
    Serprimeiro vôo, equipe apreensiva, todos dando o seu máximo. As comissárias estavam belas e super empolgadas naqueles uniformes clássicos, afinal, aquele era o vôo nº1 com direito a batismo em PLU. Os preços eram mesmo de uma lowcost, as passagens custavam na maioria das vezes R$99,00 (PAMPULHA X GALEAO). Após a decolagem no Galeão, o comandante nos deu boas vindas e fez um lindo agradecimento, belíssimo speech. Flyways tinha tudo pra dar certo.
    Link da gravação da minha viagem: https://youtu.be/_HKPPD-G0Gc?si=cblrIpwGGU7q9VaY

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