Embraer divulga números financeiros do segundo trimestre de 2020

Fabricante apresentou prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) de R$ 1.07 bilhão e prejuízo por ação ajustado de R$ 1,45

A fabricante brasileira Embraer anunciou os números do segundo trimestre do ano, onde foram entregues quatro aeronaves comerciais e 13 executivas e sua carteira de pedidos firmes alcançou US$ 15,4 bilhões. Excluindo-se os itens especiais, o EBIT e EBITDA ajustados foram de R$ 753,6 milhões e R$ 624,4 milhões, respectivamente, levando a margens de -26,3% e -21,8%, tendo sido impactados negativamente pelo fraco resultado da aviação comercial. Os números do trimestre incluem itens especiais, sem impacto no caixa, que representam um total negativo de R$ 1,06 bilhão, divididos em R$ 83,7 milhões de provisão adicional para perdas de crédito esperadas durante a pandemia; R$ 473,6 milhões de impairment na aviação comercial; R$ 542,6 milhões referente ao reconhecimento de depreciação e amortização de períodos anteriores na aviação comercial e R$ 31,3 milhões em variações positivas no valor da participação da Embraer na Republic Airways Holdings. No segundo trimestre, a Embraer apresentou prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) de R$ 1,07 bilhão e prejuízo por ação ajustado de R$ 1,45. No período, reportou um uso livre de caixa ajustado de R$ 2,5 bilhões, que continuou a ser afetado pelas necessidades de capital de giro na aviação comercial porém, com uma melhoria em comparação com o uso livre de caixa ajustado de R$ 2,9 bilhões reportado no primeiro trimestre, principalmente devido a diversas iniciativas de redução de investimentos, controle do capital de giro e diminuição dos custos fixos. A liquidez da companhia permanece sólida e fechou o trimestre com um caixa de R$ 10,9 bilhões, sendo que grande parte da dívida possui vencimento a partir de 2022. A fabricante também finalizou os termos dos contratos de capital de giro e financiamento à exportação com agências de crédito à exportação no Brasil e nos Estados Unidos e bancos privados e públicos, adicionando um total de até US$ 700 milhões à sua liquidez total. Os desembolsos dessas novas linhas de financiamento devem ser concluídos no terceiro trimestre do ano, reforçando a posição de caixa da empresa até 2021. Devido à incerteza relacionada à pandemia do COVID-19, as estimativas financeiras e de entregas para o ano permanecem suspensas neste momento.

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